2,5% dos adultos tem TDAH. O que fazer?
2,5% dos adultos. Ou seja, na transição para a vida adulta, metade dos pacientes consegue desenvolver mecanismos para se adaptar aos sintomas do TDAH, ou seja, consegue controlá-los de forma que não causem dificuldades à sua rotina de atividades.
Já a outra metade segue sofrendo com problemas que podem impactar em graus variados a vida pessoal e profissional, dificultando os relacionamentos e o desenvolvimento da carreira.
O TDAH é um transtorno com forte componente genético e está relacionado ao mau funcionamento dos neurotransmissores dopamina e noradrenalina, associados, respectivamente, à atenção e à capacidade de execução das tarefas.
O TDAH não tem cura, mas tem tratamento. Antes de tudo, é fundamental contar com um diagnóstico clínico preciso, com cuidadosa análise dos sintomas e histórico do paciente desde a infância, inclusive ouvindo outras pessoas – familiares e outros indivíduos de sua rede de relacionamentos.
A avaliação tem como base os critérios definidos pela Associação Americana de Psiquiatria – são nove critérios de déficit de atenção e nove de hiperatividade e impulsividade. A ocorrência de comportamentos associados a pelo menos seis deles, por mais de seis meses, pode ser indicador de TDAH e exige uma investigação mais aprofundada.
Também devem ser descartadas doenças como hipertireoidismo e distúrbios do sono, que podem gerar déficit de atenção, e eventuais comorbidades decorrentes ou associadas ao TDAH, como depressão, uso de drogas e transtorno de conduta (caracterizado pela dificuldade de respeitar as regras sociais).
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