Ataxia: tratamentos

O tratamento da ataxia deve ser conduzido por equipe multidisciplinar, constituída por neurologista, oftalmologista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, nutricionista.

Apesar dos esforços dispendidos, ainda não foi encontrado o caminho para a cura definitiva da desordem. O tratamento é sintomático e tem como objetivo retardar a progressão do distúrbio, controlar os sintomas e melhorar a qualidade de ida, garantindo ao portador da disfunção o máximo possível de independência e autonomia para realizar as atividades diárias.

Nos casos em que existe uma doença de base responsável pelo aparecimento dos sintomas, o tratamento deve voltar-se para corrigir a causa desse problema, o que pode tornar o quadro sintomático reversível. Por exemplo, quando a causa é a deficiência da vitamina E ou da vitamina B12, substâncias que nosso organismo não produz, deve ser feita a reposição desses nutrientes através de uma dieta equilibrada, rica em alimentos naturais e, se necessário, com suplementos dietéticos. Ou, então, quando a incoordenação motora, a perda do equilíbrio e o comprometimento da fala forem causados pela intoxicação por remédios, tabaco ou abuso de álcool, suspender o consumo dessas substâncias é a conduta terapêutica indicada.

Nos casos mais graves, medicamentos antiespasmódicos, relaxantes musculares e a aplicação de toxina botulínica (botox) podem ajudar a diminuir a rigidez e a contratura muscular que se estabelecem progressivamente e comprometem a mobilidade.

Sempre que possível, a prática de exercícios físicos deve ser mantida, uma vez que, entre outros benefícios, ela é fundamental para fortalecer os músculos e preservar a flexibilidade das articulações.

À medida que a perda gradual dos movimentos progride, bengala, andador, andarilho, cadeira de rodas, cadeira de banho são dispositivos necessários para auxiliar a marcha das pessoas portadoras de ataxia.

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