Esclerose Múltipla: entenda como funciona

https://www.youtube.com/watch?v=5NEFgtceSBQ&feature=youtu.be

Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune – ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. Embora a causa da doença ainda seja desconhecida, a EM tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que têm possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes. Os pacientes são geralmente jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos. A Esclerose Múltipla não tem cura e pode se manifestar por diversos sintomas, como por exemplo: fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares e disfunção intestinal e da bexiga. A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla estima que atualmente 35 mil brasileiros tenham Esclerose Múltipla.

Esta doença neurológica:

•NÃO é uma doença mental.
•NÃO é contagiosa.
•NÃO é suscetível de prevenção.
•NÃO tem cura e seu tratamento consiste em atenuar os afeitos e desacelerar a progressão da doença.

Sintomas mais comuns:

Fadiga

Sintoma debilitante de instalação imprevisível ou desproporcional em relação à atividade realizada. A fadiga é um dos sintomas mais comuns e um dos mais incapacitantes da EM. Manifesta-se por um cansaço intenso e momentaneamente incapacitante. Muito comum quando o paciente se expõe ao calor ou quando faz um esforço físico intenso.

Alterações fonoaudiológicas

Pode surgir no início da doença ou no decorrer dos anos alterações ligadas a fala e deglutição com sintomas como: fala lentificada, palavras arrastadas, voz trêmula, disartrias, fala escandida (o que é?) e disfagias (dificuldade para engolir: líquidos,pastosos,sólidos).

Transtornos visuais:
• Visão embaçada;
• Visão dupla (diplopia).

Problemas de equilíbrio e coordenação:

• Perda de equilíbrio;
• Tremores;
• Instabilidade ao caminhar (ataxia);
• Vertigens e náuseas;
• Falta de coordenação;
• Debilidade (pode afetar pernas e o andar);
• Fraqueza geral.

Espasticidade

A espasticidade é a rigidez de um membro ao movimento e acomete principalmente os membros inferiores. A parestesia compromete a sensação tátil normal. Pode surgir como sensação de queimação ou formigamento em uma parte do corpo; Outras sensações não definidas como a dor, por exemplo:

Transtornos cognitivos

O paciente pode apresentar sintomas cognitivos, ou seja; de memória, durante qualquer momento da doença, e independe da presença de sintomas físicos/ motores. As funções cognitivas mais frequentemente comprometidas são no processamento da memória e na execução das tarefas. Os indivíduos se queixam muito que levam mais tempo para memorizar as tarefas e possuem mais dificuldades para executar as mesmas.

Transtornos emocionais

Pode haver sintomas depressivos, ansiosos, transtorno de humor, irritabilidade, flutuação entre depressão e mania (transtorno bipolar).

Sexualidade
• Disfunção erétil, nos homens.
• Diminuição de lubrificação vaginal nas mulheres.
• Comprometimento da sensibilidade do períneo (região da genitália), interferindo no desempenho do ato sexual.

Tratamento

Uma vez confirmado o diagnóstico de esclerose múltipla, uma doença inflamatória desmielizante, com manifestação remitente-recorrente, o tratamento tem dois objetivos principais: abreviar a fase aguda e tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro. No primeiro caso, os corticosteroides são drogas úteis para reduzir a intensidade dos surtos.
No segundo, os imunossupressores e imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam na vida dos portadores de esclerose múltipla, já que é quase impossível eliminá-los com os tratamentos atuais.

Recomendações
* Embora não altere a evolução da doença, é importante manter a prática de exercícios físicos;
* Quando os movimentos estão comprometidos, a fisioterapia ajuda a reformular o ato motor, dando ênfase à contração dos músculos ainda preservados;
* O tratamento fisioterápico associado a determinados remédios ajuda também a reeducar o controle dos esfíncteres;
* Nas crises agudas da doença, é aconselhável o paciente permanecer em repouso.

                                                                                                      Fontes
-Associação Brasileira de Esclerose Múltipla;
– http://drauziovarella.com.br/letras/e/esclerose-multipla/
-Hospital Israelita Albert Einstein.

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